quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Trabalho final revisado




Universidade de Brasília



Faculdade de Ciência da Informação
Disciplina: Diplomática e Tipologia Documental
Professor: André Lopez
Alunos:     Felipe Quintela   mat. 13/0025712 
                Renata Cunha     mat. 13/0077364
                Rosana Souza     mat. 13/0133043
                Viviane Correa   mat. 13/0155101


Trabalho Final

Introdução
A disciplina de Diplomática e Tipologia Documental no curso de Arquivologia, é uma ferramenta prática-teórica que possibilita a análise de documentos sob a perspectiva arquivística, bem como aprofundar e desenvolver conceitos bases para esta ciência. Como exemplo, podemos citar os conceitos de: série, fundo, função entre tantos outros. Diante disso nos foi proposto, no início do semestre, escolher um documento não convencional para que pudéssemos aprofundá-lo sob a ótica da referida disciplina. O intuito era de expandir o conhecimento e capacidade dos estudantes em compreender a amplitude do universo acadêmico em relação à diplomática e a tipologia documental e sua aplicação na Arquivologia.
Nossa escolha de documentos foram os Mapas. Falaremos a seguir um pouco mais sobre este documento atemporal e suas especificidades arquivísticas.
Ao longo do semestre em que cursamos esta disciplina, várias atividades foram propostas com o objetivo para ampliar nosso conhecimento. Em um grupo de quatro alunos, fizemos várias tarefas que nos impulsionava a pensar sobre estes documentos e entendê-lo, como sendo ou não de arquivo.
Portanto, este trabalho é a síntese de um semestre cheio de desafios em torno dos mapas e da arquivística em uma nova fase no mundo do conhecimento da nossa graduação.

Alguns conceitos importantes
Para podermos introduzir os mapas numa perspectiva arquivística, vale relembrar alguns conceitos importantes que se aplicam diretamente nessa abordagem. São os conceitos de diplomática e o de tipologia documental.
“A Diplomática, por definição, ocupa-se da estrutura formal dos atos escritos de origem governamental e/ou notarial.” (BELLOTTO, 2002, p. 13).
“Diplomática: Disciplina que tem como objeto o estudo da estrutura formal e da autenticidade dos documentos.” (DURANTI, 2015).
“A Tipologia Documental é a ampliação da Diplomática em direção à gênese documental, perseguindo a contextualização nas atribuições, competências, funções e atividades da entidade geradora/acumuladora.” (BELLOTTO, 2002, p. 19)

- Gênero: “configuração que ass.ume um documento de acordo com o sistema de signos utilizado na comunicação de seu conteúdo” (AAB/SP, 1996, p.41); ex: textual, sonoro, imagético etc.
-  Formato: “configuração física de um suporte, de acordo com a sua natureza e o modo como foi confeccionado” (AAB/SP, 1996, p.39); ex: livro, folha avulsa, cartaz etc.
- Espécie:configuração que assume um documento de acordo com a disposição e a natureza das informações nele contidas” (AAB/SP, 1996, p. 34); ex: ata, panfleto, resolução etc.
- Suporte: “material sobre o qual as informações são registradas” (AAB/SP, 1996, p.72); ex: papel, acetato de celulose, poliéster, plástico etc.
“Os diplomatistas antigos estabeleceram uma metodologia para analisar formas documentais que permitem a compreensão de ações administrativas e as funções que as geraram.” (Duranti, 2015). Esta forma pode ser fica ou intelectual. A diplomática traz a luz outros conceitos como autenticidade e veracidade. A tipologia documental é um desenvolvimento da diplomática voltada para arquivologia. Ela se faz necessária para podermos identificar as séries documentais. Compreendemos ao longo da disciplina que a autenticidade é a criação dos documentos de acordo com os trâmites estabelecidos pela organização produtora deste documento. E a veracidade é a capacidade do documento de ser o que realmente o diz. Não podemos esquecer que ainda temos conceitos incluídos na amplitude da diplomática e da tipologia tais como: espécie, gênero, forma, formato, suporte.

Os Mapas
Esse tipo de documento é bastando antigo e vem desde séculos A.C. Seus primeiros suportes foram em argila, pele de animais, madeira, rochas entre outros. Desde então nunca deixou de estar presente nas sociedades a evoluiu em todos os aspectos. O que antes era restrito a governantes, a igrejas e a intelectuais como na antiguidade, hoje se encontra disponível a qualquer um que tenha acesso a internet. Os mapas evoluíram em tecnologias tanto para sua produção como para sua difusão. Além de constituírem uma área própria de conhecimento, a cartografia, aumentou a variedade de usos possíveis em incontáveis contextos. Hoje, pela internet se tem acesso em tempo real, em várias escalas, a qualquer lugar do mundo. Bem como inúmeros sites disponibilizam os mais variados tipos de mapas em seus acervos para a população. Sejam científicos, governamentais ou até amadores (por exemplo: quem descobre uma nova trilha para aventuras), os mapas podem ser disponibilizados para a população.
Os mapas e a Arquivologia
Os mapas possuem algumas características próprias como documentos: Frequentemente ele nasce com valor permanente, pois, mesmo terminado sua função administrativa, ele pode ser novamente requisitado por seu valor probatório em diferentes contextos, seja num processo judicial, seja como fonte de pesquisa, ou até mesmo para embasar novas decisões administrativas. Diferentemente de outros documentos, mesmo isoladamente, se for autêntico, consegue de forma diferenciada, transmitir informações do seu contexto de criação.
Para um mapa ser considerado autêntico ele precisa além de ter os itens básicos como, escala, título, legenda e orientação, precisa obedecer a critérios preestabelecidos de criação. No caso dos mapas isso depende de instituição para instituição. Contudo o Brasil estabeleceu uma normatização básica para a produção desses documentos.
Ao ser criado com um propósito específico, um projeto, por exemplo, o mapa desempenha sua função administrativa. O conhecimento desse contexto é de estrema importância para a abordagem arquivística ao documento. Pois mesmo o mesmo documento, ao estarem em contextos diferentes apresentam funções diferentes. Mesmo um mapa sendo original e até autêntico, não necessariamente ele é um documento de arquivo. Para tal, ele precisa desempenhar sua função arquivística, que seria ser guardado como prova de alguma atividade, normalmente da que o gerou. Para a tipologia e diplomática, esse é um aspecto fundamental, pois, para avaliar o documento tipologicamente é preciso conhecer o seu contexto institucional. Assim é possível identificar as séries documentais para o estabelecimento correto de um plano de classificação.
Para visualizar essa informação fizemos a análise do mesmo documento (mapa utilizado na oficina realizada na disciplina) em dois contextos:

No contexto do ICMBIO:

Denominação/espécie: Mapa de Potencialidade de ocorrência de Cavernas baseada na litologia;
Formato: Imagem JPEG;
Gênero: Cartográfico;
Suporte: Digital/ computador;
Forma: cópia;
Definição: Mapa de potencialidade de cavernas para monitoramento da CECAV;
Fundo: ICMBIO
Data de Emissão: 2008;
Função Administrativa: Levantamento de dados para acompanhamento das cavernas;
Contexto Institucional: O documento é resultado de expedições realizadas pela CECAV para mapear as cavernas pelo Brasil e controlar o acesso visando a preservação, o monitoramento,  e a conservação das mesmas.

No contexto da nossa oficina:

Denominação/espécie: Mapa de Potencialidade de ocorrência de Cavernas baseada na litologia;
Formato: Folha avulsa A3
Gênero: Cartográfico;
Suporte: Papel;
Forma: cópia;
Definição: Mapa de potencialidade de cavernas para atividade da disciplina de DTD;
Fundo: Grupo Arquivo Maps
Data de Emissão: 06/11/2015
Função Administrativa: #
Contexto Institucional: Reprodução do mapa para do acervo da ICMBIO para  utilização como exemplo na oficina de DTD.

No tema da serialidade dos mapas, estes também são peculiares, pois podemos acompanhar a evolução de um determinado aspecto desenvolvido ao longo do tempo. Na busca por mais informações fomos ao arquivo público de Brasília, e a mapoteca. Lá encontramos uma curiosa série de mapas que retrata bem o conceito e funcionalidade.

A cartografia no Brasil foi regulamentada a partir do Decreto-Lei nº 200/67, que instituiu o Ministério do Planejamento como órgão responsável pela organização do Sistema Estatístico e Cartográfico Nacionais. Neste contexto é reconhecido o Sistema Cartográfico Nacional – SCN- pelo Decreto-Lei n°243/1967 cuja gestão é do Ministério do Planejamento, assessorado pela Comissão Nacional de Cartografia – CONCAR. O Decreto-lei n°89.817/1984 instituiu como função da CONCAR o estabelecimento das normas técnicas a serem observadas por todas as entidades públicas e privadas; produtoras ou usuárias de produto cartográfico.

Considerações Finais
 Na longa caminhada deste semestre nos deparamos com dificuldades impostas pela dicotomia entre teoria e prática. Até então sabíamos (achávamos que) dos conceitos básicos constantemente falados desde o primeiro semestre. Contudo, ao nos debruçar para um documento não convencional e compreendê-lo como documento de fato. Nos deparamos com a real complexidade da Arquivologia como ciência. Além de enxergar plenamente nossa imaturidade como profissionais (mesmo que em formação). Pois precisamos refletir e compreender quão importante é aprender e desenvolver cada um dos aspectos da disciplina de DTD como base para a nossa formação profissional. Nossa área é muitas vezes vista como sendo técnica, mas ao cursar a disciplina, ficou bem claro o quanto de atividade intelectual está inserida em toda nossa formação e atuação cotidiana. Evidenciou ainda o quanto se pode contribuir cientificamente para o crescimento desta disciplina. Temos a certeza de foi de grande valia para nossa graduação e principalmente o crescimento acadêmico intelectual. Sim, sairemos com outro olhar para a teoria, e outra postura para a prática. E ainda mais certos da necessidade de nos aprofundarmos e nos desenvolvermos na área. Chegamos quase estáticos e saímos com muitos questionamentos. O que é muito bom, pois impulsiona a máquina do conhecimento em nós mesmos produzindo efeitos inimagináveis. Observamos que a dimensão da palavra “documento” mudou, compreendemos (ou começamos a compreender) o que existe por trás desse termo. O quanto a diplomática e a tipologia documental estão mais próximas do nosso cotidiano do que imaginamos. Sim, os documentos fazem parte da nossa realidade constantemente.



Referências Bibliográficas:
AAB/SP - ASSOCIAÇÃO DOS ARQUIVISTAS BRASILEIROS. Núcleo Regional de São Paulo. Dicionário de terminologia arquivística. São Paulo: Secretaria de Estado da Cultura, 1996.

BELLOTTO, Heloísa Liberalli. Como fazer análise diplomática e análise tipológica de documento de arquivo . São Paulo : Arquivo Do Estado, Imprensa Oficial, 2002.

BELLOTTO, Heloísa Liberalli; CAMARGO, Ana Maria de Almeida (Coord.). Dicionário de Terminologia Arquivística. Associação dos Arquivistas Brasileiros - Núcleo Regional São Paulo / Secretaria de Estado da Cultura - Depto. de Museus e Arquivos, 1996.
BRASIL, Arquivo Nacional. Dicionário brasileiro de terminologia arquivística. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2005.
DURANTI, Luciana. Diplomática: novos usos para uma antiga ciência (parte v) diplomatics: new uses for an old science (part v) | Diretora do Master on Archival Studies da Universidade de British Columbia, Vancouver, Canadá. Diretora do Projeto InterPARES, pesquisa internacional multidisciplinar sobre preservação de documentos digitais autênticos.
acervo , rio de janeiro , v . 28 , n . 1 , p . 196 - 215 , jan . / jun . 2015 – p . 196-215. Acesso em 01/12/2015.
LOPEZ, André Porto Ancona. Tipologia documental de partidos e associações políticas.
São Paulo: Loyola, 1999.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1965-1988/Del0243.htm

Logo abaixo você encontra um vídeo que fizemos com alguns conceitos importantes sobre diplomática e tipologia documental inserido no nosso tema (mapas):


sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Fim de Semestre...




Nosso querido blog está chegando ao fim junto com a matéria Diplomática e Tipologia Documental. Esperamos que tenham gostado do blog e da nossa Oficina e que tenhamos conseguido passar a vocês o que aprendemos na matéria. Qualquer dúvida, elogio ou sugestão, nos mande um e mail. Ficaremos felizes em responder.


O vídeo abaixo possui um pequeno resumo da matéria:




Obrigado a todos que nos acompanharam na jornada!

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Oficina de Diplomática e Tipologia Virtual

Olá, 
Nesta atividade faremos a Oficina Virtual, onde disponibilizaremos aqui no blog tudo o que rolou na oficina presencial realiza da sexta feira passada.
Esta atividade faz parte da disciplina de Diplomática e Tipologia Documental ministrada pelo prof. André Lopez, no curso de Arquivologia da Unb.  O intuito da oficina e do blog foi ampliar o horizonte a respeito de documentos e documentos arquivísticos, trabalhar conceitos como, por exemplo, série, veracidade, autenticidade,  fundos, gênero, espécie, função entre outros, bem como aprender a utilizar recursos como o bizagi, a realizar uma análise diplomática e tipológica, que são conhecimentos inerentes ao nosso curso e difundí-los. Para isso cada grupo escolheu um documento (no nosso caso, obviamente, foram os mapas) e ao longo do semestre aplicamos esses conhecimentos para as suas respectivas especificidades. 

Arquivologia: Disciplina que estuda as funções do Arquivo e os princípios e técnicas a serem observados na produção, organização, guarda, preservação e e utilização dos Arquivos.
Quer saber mais sobre o curso de Arquivologia?


Vamos começar conhecendo um pouco mais sobre este documento tão interessante...

Breve Histórico dos Mapas
  
Os primeiros suportes de mapas foram peles de animais, argila, madeira, rochas, entre outros. Os primeiros mapas foram registros de terras que tinham a função de identificar e administrar o meio ambiente, as terras férteis e os limites das propriedades e das fronteiras.
Um dos mapas do mundo mais antigos vem da Babilônia, há cerca de 500 anos A.C. Seu suporte era a argila e ele retratava a região da Babilônia envolta do rio Eufrates.
Babilônia (500 a.c.) 

Em 480 A.C, o grego Hecateu de Mileto resumiu os conhecimentos geográficos gregos da época e criou um mapa circular onde a Europa, Ásia e África eram cercadas por um oceano.


Reconstrução do Mapa de Hecateu












Mas foi o grego Ptolomeu (150 D.C.), após fazer pesquisas na Biblioteca de Alexandria, quem apresentou um sistema de coordenadas com referências a cerca de oito mil lugares, produzindo então, uma grande referência por toda a Idade Média.

Reconstrução do Mapa de Ptolomeu
Durante a Idade Média, a Igreja teve forte influência nas confecções dos mapas, que eram feitos de forma a perder a exatidão, o que fez com que a cartografia perdesse sua lógica. Nesta época, a cartografia passou sem grandes evoluções no Ocidente.

Já no Oriente, os árabes foram os principais responsáveis pelo preservamento e desenvolvimento dos conhecimentos da cartografia. Graças a eles e aos portugueses, que iniciaram as Grandes Navegações no século XV, a cartografia voltou à tona.

Após o "descobrimento" da América, já no séc. XVI, o holandês Gerard Mercator usou todo o conhecimento que já existia para produzir o mapa múndi que levaria seu nome e representava grandes rotas em linha reta.
Mapa de Gerard Mercator

Só a partir do séc. XVII, os países começaram a se preocupar com a cientificidade dos mapas. Em 1744, na França, é realizado o primeiro levantamento topográfico oficial.
No início do séc. XX a cartografia passou a ser auxiliada pela fotografia e pela aviação.

Hoje, além de fotos tiradas por aviões bem mais equipados, temos também as fotos tiradas por satélites, onde sofisticados equipamentos eletrônicos permitem a confecção dos mapas digitais, que conhecemos como Google Maps. Uma das importâncias fundamentais destes mapas hoje é a possibilidade de prever catástrofes naturais e estudar maneiras de combatê-las e minimizar seus danos.


Se quiser saber mais sobre a história dos mapas, confira o vídeo que editamos, abaixo:



Sobre a Legislação e normatização referente a mapas no Brasil...


Historicamente o uso da Cartografia esteve restrito às questões de segurança e integração nacional.
Todavia, com o reconhecimento da necessidade da componente geográfica do desenvolvimento, há uma demanda crescente de informações precisas e articuladas acerca dos diferentes territórios que compõem o espaço geográfico brasileiro, de modo que se tenha um diagnóstico permanente de suas necessidades e potencialidades. Esse conhecimento aprofundado acerca do território nacional é fundamental para nortear a atuação governamental. Revela-se aí, portanto, a importância da Cartografia como instrumento de planejamento e gestão pública.

Na administração pública, o uso da cartografia se presta ao planejamento e desenvolvimento territorial, ambiental, social e econômico de regiões, estados e municípios. Elaboração de bases cartográficas plano-altimétricas estruturadas, mapas regionais, estaduais, e municipais.

A cartografia no Brasil foi regulamentada a partir do Decreto-Lei nº 200/67, que instituiu o Ministério do Planejamento como órgão responsável pela organização do Sistemas estatístico e cartográfico nacionais.

Neste contexto é reconhecido o Sistema Cartográfico Nacional – SCN- pelo Decreto-Lei n°243/1967 cuja gestão é do Ministério do Planejamento, assessorado pela Comissão Nacional de Cartografia – CONCAR.

O Decreto-lei n°89.817/1984, Instituiu como função da CONCAR o estabelecimento das normas técnicas a serem observadas por todas as entidades públicas e privadas; produtoras ou usuárias de produto cartográfico.

Para saber mais:
www.concar.ibge.gov.br


Mapas e a arquivologia: contextualizando...


Potencialidade de Ocorrência de Cavernas Baseada na Litologia - Primeira Aproximação - Distrito Federal
Eu não sou de se jogar fora...

Um mapa é um documento que não perde o valor probatório. Mapas não devem ser eliminados.
Quando um mapa é produzido por uma instituição e está em uso corrente ou na fase intermediária, cumprindo sua vigência administrativa é um documento "comum". Entretanto, quando termina sua vigência e passa para a fase de guarda permanente, por mais o que o tempo passe, que as tecnologias mudem, os mapas são recursos que podem voltar a esfera administrativa, também podem ser usados em situações jurídicas, na medição e evolução de aspectos sócio-demográficos, em casos de catástrofes ambientais, etc.

Em casos de catástrofes ambientais, as instituições públicas podem lançar mão de mapas em uma fase permanente para serem novamente utilizados em atividades administrativas.  

A exemplo disso temos:
  • A catástrofe do rompimento da barragem de resíduos de minério de ferro em Mariana -MG em 05 de novembro de 2015.

http://noticias.r7.com/minas-gerais/fotos-de-satelite-mostram-como-era-e-como-ficou-a-regiao-atingida-pelas-barragens-em-mariana-mg-12112015

Hoje, com as novas tecnologias, ferramentas cibernéticas (Google Maps, Earth, Street View...), facilmente podemos compreender a aplicação dessas tecnologias na compreensão geoespacial antes e depois de tragédias ambientais. Portanto, as instituições podem lançar mão da utilização de mapas tradicionais em conjunto com novas tecnologias para realizarem atividades administrativas emergenciais, de médio e longo prazo.



http://noticias.r7.com/minas-gerais/fotos-de-satelite-mostram-como-era-e-como-ficou-a-regiao-atingida-pelas-barragens-em-mariana-mg-12112015

Arquivo Permanente: Conjunto de documentos preservados em caráter definitivo em função de seu valor. Também chamado de Arquivo Histórico.


Colocando em prática a disciplina DTD...

" De um lado, a Diplomática tende a individualizar cada documento, enquanto a Arquivologia busca a inserção de cada documento em conjuntos mais amplos, caracterizados pelas atividades que os produziram (as séries). Tais especificidades, que distinguem essas disciplinas, ao mesmo tempo, as tornam complementares." (Lopez 2012)

Para exemplificar as informações citadas nesta oficina,  procuramos nos arquivos do DF um mapa bacana para abordar (com dificuldade, pois em certos lugares infelizmente nota-se muito descaso com esse patrimônio). Escolhemos  um mapa confeccionado pela CECAV (Centro Nacional de Estudos, Proteção e manejo de Cavernas) :
Faremos a análise diplomática e tipológica deste documento, porém em duas situações: uma no contexto da nossa oficina e a outra, do próprio Órgão que o criou.

No contexto da ICMBIO:

Denominação/espécie: Mapa de Potencialidade de ocorrência de Cavernas baseada na litologia;
Formato: Imagem JPEG;
Gênero: Cartográfico;
Suporte: Digital/ computador;
Forma: cópia;
Definição: Mapa de potencialidade de cavernas para monitoramento da CECAV;
Fundo: ICMBIO
Data de Emissão: 2008;
Função Administrativa: Levantamento de dados para acompanhamento das cavernas;
Contexto Institucional: O documento é resultado de expedições realizadas pela CECAV para mapear as cavernas pelo Brasil e controlar o acesso visando a preservação, o monitoramento,  e a conservação das mesmas.

No contexto da nossa oficina:

Denominação/espécie: Mapa de Potencialidade de ocorrência de Cavernas baseada na litologia;
Formato: Folha avulsa A3
Gênero: Cartográfico;
Suporte:Papel;
Forma: cópia;
Definição: Mapa de potencialidade de cavernas para atividade da disciplina de DTD;
Fundo: Grupo Arquivo Maps
Data de Emissão: 06/11/2015
Função Administrativa: #
Contexto Institucional: Reprodução do mapa para do acervo da ICMBIO para  utilização como exemplo na oficina de DTD.

Observamos que, o contexto em que o documento está inserido é  determinante para sua avaliação e para que ele seja considerado um documento de arquivo, mesmo sendo o mesmo documento. No primeiro exemplo temos de fato, um documento de arquivo, pois além de o original ter sido confeccionado de acordo com os trâmites estabelecidos para sua autenticidade ( padrão do Decreto nº 6.666, de 27 de Novembro de 2008 e da Comissão Nacional de Cartografia-Concar), ele é fruto de uma função administrativa e comprova as atividades desenvolvidas pela CECAV. Sua destinação final é a guarda permanente. No caso da nossa oficina ele não necessariamente é um documento de arquivo. Ele apenas colaborou com nossa apresentação, mas não tem um valor de prova ou histórico. Ou seja a relação do documento com seu contexto é de extrema importância para a Arquivologia, pois somente o documento inserido no seu contexto, respeitando a organicidade e   proveniência exercerá sua função. 

Saiba mais sobre Diplomática e tipologia:

DURANTI, Luciana. Diplomática: usos nuevos para una antigua ciencia. Trad. Manuel Vázquez. Carmona (Sevilla): S&C, 1996. (Biblioteca Archivística, 5). - CAP. 1
LOPEZ, A. Identificação de tipologias documentais em acervos de trabalhadores. In: MARQUES, Antonio José; STAMPA, Inez Tereznha Stampa. (Orgs.). Arquivos do mundo dos trabalhadores: coletânea do 2º Seminário Internacional. São Paulo; Rio de Janeiro: CUT; Arquivo Nacional, 2012, p. 15-31


Ilustrando...



Evolução da Ocupação Urbana 1958/1982

Esgotamento de Águas Pluviais no Plano Piloto






quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Oficina - Tá chegando o dia!



É amanhããããã! (06/11/15)
Venha conferir nossa Oficina de Diplomática e Tipologia!  =)

Local: CEUBinho (entrada pelo ICC Norte)
Horario: 19h

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Discutindo sobre...

Na aula passada foi realizada mais uma atividade de avaliação tipológica referente a alguns documentos "diferentes" (não usuais). Cartões postais, imagem de caixa de suco, folder... Muitos pontos foram discutidos e muitas dúvidas foram geradas.
O primeiro ponto discutido foi o tópico "denominação". Houve discordância nas respostas e a discussão que a denominação é similar a espécie . A espécie é geralmente o primeiro ponto a ser detalhado na análise. O formato sendo analisado na sequência da espécie norteia e dá mais ênfase ao prosseguimento restante da análise documental.
Ao analisarmos o gênero, a questão da falta de vocabulário específico (controlado) foi um dos pontos de debate e visão de oportunidade de pesquisa na área. Sim, temos deficiência de estudos e precariedade de padronização de vocabulário na arquivística.
 Marilena Paes (2004) com relação ao gênero, definiu a existência de alguns gêneros somente: " escrito textual, cartográfico, iconográfico, filmográfico, sonoros, micrográficos e informáticos." No entanto, observamos que essa padronização deixa a desejar na observância da prática ao tentar enquadrar certos documentos nestes gêneros. Em sala de aula, por exemplo, ao analisarmos cartões postais, vimos que também era uma peça publicitária, logo, não poderia ser enquadrado em somente UM dos gêneros, mas sim, uma combinação de gêneros.
A questão do controle vocabulário é um fator essencial na recuperação da informação tanto para o produtor do documento quanto para os pesquisadores por meios de instrumento de pesquisa. O controle do vocabulário com uma linguagem consistente assegura o compartilhamento eficiente.
Lembramos que essa discussão sobre o controle de vocabulário não se delimita somente ao gênero, mas também abraça a necessidade de conhecimento e controle dos elementos: forma, formato, espécie, suporte, etc.
A padronização do vocabulário é um fator de "união" do campo de estudo e fortalecimento da Arquivologia como ciência e sua aplicação prática. Essa padronização é capaz de orientar, unificar e embasar os profissionais da área e o desenvolvimento coletivo.
O conhecimento dos termos e a padronização do vocabulário é um fator decisório para a Arquivologia e será um divisor de águas na Ciência da Informação.

PRÉVIA DA OFICINA DE DIPLOMÁTICA

Imagem acessível em: Dreams Time



O grupo tem como tema da oficina o estudo de mapas. Teremos um breve histórico dos mapas, explicaremos desde o processo de criação desses documentos até a sua disposição para o usuário final. Para tanto, analisaremos o contexto atual no qual esses documentos se inserem e transcorreremos sobre o uso de mapas em diversas áreas e suas implicações. Ao final, analisaremos tipológica e diplomaticamente um dos mapas que será estudado pelo grupo.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Sexta Feira de Revisão...




Boa noite!
Tivemos uma atividade surpresa para ser realizada durante a aula! e a atividade é: Avaliar o blog de um companheiro de viagem! As perguntas que devemos responder são:

1 - Quais são os principais pontos aproveitáveis do blog em questão? Justifique.
2 - Como está o blog no referente a sua usabilidade e adequação com as disciplinas de DTD e Permanente?
3 - O blog está mantendo essa mesma usabilidade e adequação no que se refere ao tema escolhido? Comente.
4 - Como está a abordagem do blog caso o público "leigo de arquivo" o visita-se?
5 - Deixe um comentário feedback geral para o Blog visitado.

Aqui vamos nós...

Blog avaliado: Senhores do Arquivo.

1- O blog Senhores do Arquivo tem como tema principal a criação e a divulgação dos Doodles. Estes logotipos do site de pesquisa Google podem ser modificados em datas específicas, comemorações de ordem nacional ou mundial. Entendemos melhor o funcionamento dos Doodles desde a sua concepção até a divulgação, com ênfase no processo de criação, público alvo, datas comemorativas específicas.

2- As atividades propostas estão adequadas de acordo com o tema escolhido pelo blog. Os Doodles fazem parte do Google e até serem divulgados, passam por vários processos dentro da empresa. Através das postagens do blog nós entendemos o processo que os tornam autênticos, até a sua guarda permanente (nos arquivos do Google) e/ou divulgação.

3- Sim. Desde o início da criação do blog a proposta foi fazer análises da criação e divulgação dos Doodles, o que semanalmente tem sido alimentado com novas curiosidades e informações pertinentes à disciplina DTD.

4- Sim. O conteúdo está disponibilizado de forma simples, direta e de fácil entendimento. Não precisa necessariamente ser um arquivista para entender o conteúdo disponibilizado pelo blog.

5- Tirando a foto RIDÍCULA da capa... (brincadeirinha!). Além de abordarem um tema interessante, que está presente no nosso dia a dia, estão sempre surpreendendo com criatividade e dentro do que é solicitado em aula. SS garantido!